Powered By Blogger

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Improvável

A cidade inteira está em movimento, mas eu continuo aqui parada sem saber pra onde ir. Meu corpo está estagnado, mas minha cabeça e meus pensamentos estão a mil por hora, totalmente descontrolados e perdidos em um abismo sem fim. Eu acreditei que daria certo, me arrisqueis para sentir essa emoção. Mas derrepente tudo se modificou, tudo ficou instável, derrepente eu já não era mais o seu amor. As luzes da idade continuam a brilhar, iluminando as noites das pessoas, porem olhando pela janela do meu quarto eu nada vejo além da escuridão sombria que insiste em me atormentar diariamente. Eu passo a tarde olhando pro telefone, com a esperança de que ele volte um dia a tocar, escutar o timbre daquela voz rouca que sempre me tirava da realidade. Porem a tarde passa, e a noite chega sem avisar, e mais uma vez minha esperança é transformada em pó. Deitada no escuro do meu quarto eu tento lutar contra a lembrança de nós dois, é difícil fechar os olhos e o ver sorrir e descobrir ao abri-los que talvez jamais volte a sentir o gosto dos beijos dele, ou o toque leve de suas mãos firmes ao acariciar meu rosto e me segurar pela cintura.Por um breve momento me passa pela cabeça que seria melhor nunca ter te conhecido, nunca ter me envolvido, nunca ter olhando no fundo dos seus olhos e ter sentido tudo que senti. Mas logo me arrependo dos meus próprios pensamentos. Acredito que o melhor agora seja esquecer-te de vez. Pra mim parece algo torturante e improvável. O que vira acontecer no dia de amanhã eu não sei, nem tenho como prever, porem, espero que a agonia que me corroí  passe assim como tudo na vida passa, ou pelo menos deveria passar. Só não posso evitar as marcas que em mim vão permanecer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário