
Foi quando comecei a perceber o quanto gostava de estar perto dele, que os poucos e raros abraços que ele me dava nessa época me faziam sentir muito bem. Percebi também que quando ele não estava por perto, era horrível, as coisas ficavam chatas e sem graça, sempre que ele não estava por perto as coisas não tinham a mesma importância e o tempo sempre demorava pra passar. Ficar sem escutar a voz dele, aquela voz rouca e ao mesmo tempo tão aveludada, ficar sem ao menos ver um sorriso dele, aquele sorriso meio torto que eu tanto amo, era uma das piores coisas que tinha. Eu não conseguia controlar está vontade que tinha em meu peito. Tentar controlar algo que já havia se tornado incontrolável era como pedir que eu parasse de respirar. Ter ele ao meu lado e nada poder fazer era torturante. Sentir a vontade de olhar em seus olhos tão brilhantes quanto as estrelas e dizer tudo que sentia era o que mais queria, mas eu não podia, eu não sabia como fazer. Controlar o ciúmes de poder ver outras mãos sobre sua pele, imaginar outros lábios unindo-se aos dele, imaginar que outras mãos poderiam estar percorrendo cada pedaço perfeito de seu corpo que parecia que havia sido desenhado, de tão perfeito que era. Eu não podia mais resistir, aquela vontade, aquele desejo que me consumia por dentro, tudo isso fala mais alto que eu, gritava dentro de mim. O desejo saltava pelos meus olhos, meu coração disparava loucamente. Por fim as coisas se acertaram, e finalmente o dia em que meus lábios se uniram aos dele novamente foi eternizado em uma pequena fração de segundos, suas mãos em minhas mãos me fizeram entender, que aquilo era o certo, na verdade sempre foi, o meu lugar sempre pertencerá a ele. Eu apenas havia me esquecido disso por alguns anos. Ele sempre havia sido meu, ele sempre me pertencerá também. Neste momento nada mais importava a não ser ele e nada mais.
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