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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Momento passageiro


Ela o viu. Por mais breve que tenha sido o momento, ela tinha visto ele. Há tempos que ela não o via, parecia uma eternidade, mas não deveria ser tanto tempo assim. Ela pensava já ter esquecido do seu jeito, sua fisionomia, pensava que ele tivesse mudado... Mas se enganou. Ele estava em perfeito estado, da mesma maneira que estava da última vez que eles tinham se visto a tempos atrás. Nada havia mudado nele, talvez só o seu cabelo que estava um pouco maior. Ele não a viu, como eu já disse, foi tudo muito rápido. Ele estava um pouco, ou talvez muito distante dela, mas ela o enxergou, e ela tinha certeza de que era ele da mesma forma que tinha certeza que ainda o amava. Ele estava distante, mais ela o enxergou com perfeição. Talvez se um amigo qualquer dele o visse daquela distância não o reconheceria, mais ela... Ela era capaz de reconhecê-lo mesmo com uma enorme distância separando-os. Lá estava ele, com o mesmo modo de andar, com aquele seu casaco antigo favorito, que a tempos a traz ela já usará para se aquecer. Ele não a viu, mas não importa. Pelo menos ela sabia que ele estava bem, perfeitamente bem, da mesma forma que o havia deixado um dia. Meio desejeitado, talvez um pouco mais forte, um pouco mais engraçado mas ele sempre fora assim. Nada havia mudado, mesmo depois de um bom tempo. Depois de vê-lo, era impossível que ela não se sentisse feliz, e por alguma razão, mais tranquila. Assim, ela seguiu o seu caminho, e ele deve ter seguido o dele também. Pois é, a vida é mesmo assim, mas quem sabe lá na frente o destino deles não voltem a se cruzar.

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